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30/11/2010, 13:23h | Notícias, Violência

Maria da Penha e Juventude

Por Cecília Olliveira

A cada 2 horas uma mulher é morta no Brasil, fazendo com que o país ocupe a 12° posição no ranking mundial de homicídios de mulheres. Em todo o mundo, 1 em cada 3 mulheres será vítima de violência ao longo de sua vida. Cerca de 40% das latino-americanas são vítimas de violência física. Em alguns países, a violência psicológica chega a 60%. Para Rebecca Tavares, representante do UNIFEM-ONU Mulheres no Brasil e Cone Sul, é estratégico  envolver novos públicos e ampliar o engajamento pelo fim da violência contra as mulheres. “Dizer não à violência contra as mulheres é adotar ações práticas, individuais e coletivas de denúncia e apoio às vítimas de violência. A Lei Maria da Penha é uma das melhores legislações do mundo. Falta mais rigor na sua aplicação pelo sistema de justiça e segurança”, destaca Rebeca.

A representante também alerta para o crescimento da violência de gênero entre a juventude. De acordo com dados das agências da ONU, a violência é a principal causa de morte ou deficiência de meninas e mulheres entre 15 e 49 anos.  “Na América Latina, mulheres entre 30 e 34 anos formam o grupo mais vulnerável à violência física. Esse tipo de violência já é registrado em 27% das adolescentes. O quadro nos coloca novos desafios, como o envolvimento de escolas, universidades e grupos de jovens no enfrentamento à violência contra as mulheres jovens”, completa Rebeca.

Conhecendo a Lei Maria da Penha
Pesquisa Ibope/Instituto Avon, realizada em 2009, com foco nas percepções da sociedade brasileira sobre o fenômeno da violência de gênero mostra que houve expressivo aumento do conhecimento da Lei Maria da Penha de 2008 para 2009, passando de 68% para 78%.

Para reforçar esta tendência e atingir públicos específicos, o UNIFEM-ONU Mulheres lançou o site Quebre o Cliclo com informações e interatividade para o conhecimento da Lei Maria da Penha (Lei 11.340/2006) e as formas de prevenção à violência contra as mulheres. Com o slogan “Violência contra as Mulheres – Quebre o Ciclo”, o site estimula a conscientização da juventude, especialmente estudantes do ensino médio e profissionais de direito e da justiça, sobre as violações dos direitos humanos das mulheres por meio de violência física, psicológica, sexual, patrimonial e moral. A proposta é ampliar o debate e a rede de proteção às mulheres em situação de violência, agregando novos públicos e estratégias para incentivar o acesso das mulheres à justiça.

As novidades ficam por conta da interatividade dos usuários das redes sociais Twitter, Facebook e YouTube. O site jovem oferece quiz, enquetes, fóruns, biblioteca, podcastings, animações e vídeos com situações do dia a dia, tais como a violência contra as mulheres se apresenta. Jovens e especialistas de gênero contam como a juventude pode atuar para prevenir a violência contra as mulheres.

Campanha Constante
O lançamento dos portais amplia os horizontes da Campanha “Fale Sem Medo – Não à Violência Doméstica”, do Instituto Avon, que se une ao movimento internacional “16 Dias de Ativismo contra a Violência de Gênero”. A celebração se iniciou no dia 25 de novembro, Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres, data em que três irmãs da República Dominicana foram assassinadas em seu país, há 50 anos.

A iniciativa do UNIFEM-ONU Mulheres, com investimento do Instituto Avon, conta com o apoio da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Secretaria Nacional da Juventude, Secretaria de Direitos Humanos, Ministério da Justiça, Corregedoria Nacional de Justiça, Conselho Federal da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Associação dos Magistrados Brasileiros, Instituto Maria da Penha, entre outras instituições.

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