Notícias

Diminuir fonte Fonte normal Aumentar fonte Adicionar a favoritos Imprimir Enviar para amigo

01/08/2012, 19:06h | Notícias

Correndo atrás de um sonho

Por Victor Domingues

Na busca pelo sonho de se tornar fotógrafa, Tamiris Barcellos, não deixa passar oportunidades. A jovem, de 17 anos, é aluna no curso da Escola de Fotógrafos Populares, um dos projetos da agência de fotografia Imagens do Povo, do Observatório de Favelas, além de cursar a ESPOCC (Escola Popular de Comunicação Crítica) – outro projeto do Observatório. Tamiris é ainda estudante universitária, cursando o segundo período da faculdade de Publicidade e Propaganda.

A vontade de estudar fotografia surgiu há alguns anos e ela chegou a fazer um curso de férias em 2010, mas não gostou muito pelo caráter puramente técnico que observou durante as aulas. Agora, em 2012, incentivada por um amigo que já conhecia e indicou o curso da Escola de Fotógrafos Populares, a jovem está gostando das aulas. Desde então tem se dedicado a arte da fotografia, e se diz satisfeita pela oportunidade de buscar esse ideal antigo. “Além da parte técnica, estou aprendendo também a história da fotografia, história da arte, filosofia, direitos humanos, estou conhecendo vários fotógrafos e muita gente boa. É perfeito o curso”, declarou Tamiris.

Tamiris: Na ESPOCC, por exemplo, a gente debate os assuntos de forma mais profunda e participativa, desenvolve um senso crítico, diferente da faculdade que é um ensino muito formal. Foto: Victor Domingues

Tamiris: Na ESPOCC, por exemplo, a gente debate os assuntos de forma mais profunda e participativa, desenvolve um senso crítico, diferente da faculdade que é um ensino muito formal. Foto: Victor Domingues

Ela compara os cursos com sua experiência na universidade, e diz que prefere o modelo pedagógico adotado por eles, diferente do paradigma engessado da instituição acadêmica. “Na ESPOCC, por exemplo, a gente debate os assuntos de forma mais profunda e participativa, desenvolve um senso crítico, diferente da faculdade que é um ensino muito formal”, pontuou a jovem.

Herança de família

O gosto pela linguagem visual, Tamiris herdou do pai, que é cinegrafista. Ele é seu maior incentivador na escolha da fotografia como matéria de estudo e profissão. Ela conta que o pai veio de uma família muito pobre, e teve que parar de estudar quando cursava a quarta série do ensino fundamental para trabalhar e ajudar a mãe. Ele começou a trabalhar como carregador de cabo e, atento aos profissionais, foi aprendendo a operar os equipamentos e em certa ocasião, quando um cinegrafista entrou de férias, ele assumiu a posição e se profissionalizou como cinegrafista.

A jovem fotógrafa já tem alguns projetos em progressão. Em um deles, desenvolvido como trabalho de conclusão da Escola de Fotógrafos Populares, ela acompanha e registra um grupo de voluntários (do qual ela própria já fez parte) que percorre hospitais e asilos, levando, além de doações de alimentos, mensagens de esperança e alegria através de música, arte, brincadeiras e atenção.

Outro projeto que Tamiris tem em andamento é a documentação do trabalho de artistas de rua, que promete render um belo material em registros fotográficos.

Preencha os campos abaixo para enviar esta página

:
:
:
: