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28/09/2010, 15:16h | Perfil

Revista Descol@dos

Temas até então vistos como desinteressantes para os adolescentes, como orçamento público, direitos humanos, política nacional e internacional, agora são discutidos em uma reunião de pauta, viram matéria e compõem a revista Descol@dos. A publicação será lançada assim que o Comitê Editorial da Secretaria Especial dos Direitos Humanos aprovar a primeira edição, o que deve ocorrer até meados de outubro. A revista será distribuída gratuitamente nas escolas públicas do Distrito Federal e entre os movimentos sociais, além de estar aberta para participação de todos os interessados.

Jovens aprendem como produzir a Revista e discutem temas que vão desde orçamento público a política internacional

Jovens aprendem como produzir a Revista e discutem temas que vão desde orçamento público a política internacional

A idéia do projeto nasceu há dois anos. “Por ocasião do Congresso Mundial de Enfrentamento à Exploração Sexual, ocorrido no Rio de Janeiro em 2008, conheci a Revista Viração, uma publicação toda concebida e feita por jovens de todo o Brasil. Percebi então o potencial comunicativo da proposta e entendi que poderíamos contribuir para alastrar nossos debates se os próprios adolescentes escrevessem as matérias e investigassem o orçamento público destinado à realização de seus direitos. Em cada escola observamos que havia temas diferentes que mobilizavam os/as estudantes. Daí, foi bastante fácil motivá-los”, explica assessora pedagógica do Inesc (Instituto de Estudos Socioeconômicos) e coordenadora do projeto, Márcia Acioli. A proposta faz parte de um convênio do Inesc com o Conanda – Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente.

Jovens fazendo história
Para Pedro Couto, 18 anos, ex-aluno do Cean (Centro de Ensino Médio da Asa Norte), foi enriquecedor participar das oficinas e fazer parte da primeira tiragem da revista. Hoje, aluno de letras da Universidade de Brasília (UnB), ele diz que o projeto aprimorou a construção de sua consciência crítica e formação política. O adolescente se lembrou do movimento que fizeram em 2008 quando garantiram R$ 2 milhões a mais para a educação do Distrito Federal por meio de propostas de emendas orçamentárias apresentadas à Câmara Legislativa. “Nós tivemos mais protagonismo nos espaços públicos”, afirma.

Para acompanhar os jovens e adolescentes nessa empreitada, foram convidados pessoas atuantes nas áreas abordadas para fazerem oficinas e conversas sobre cada tema. “O movimento de ideias, os debates e os estudos necessários para escreverem contribuíram para o amadurecimento político e intelectual. Cabe dizer que muitos têm passado no vestibular da Universidade de Brasília, a mais concorrida do DF. O amadurecimento é coletivo.”, explica a coordenadora. Para ela, “o bonito é ver a interação entre as pessoas do grupo, constituindo uma realidade composta por um coletivo bem diverso, sem muros ou fronteiras entre uns e outros”.

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