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21/10/2009, 12:27h | Direitos Humanos

PRVL realiza oficinas locais

Nos meses de setembro e outubro, o Programa de Redução da Violência Letal Contra Adolescentes e Jovens (PRVL) realizou oficinas locais nas regiões de Belo Horizonte (19/09), Recife (25/09), Distrito Federal (7/10) e Belém (17/10). Essas foram as primeiras entre as 11 regiões metropolitanas envolvidas no PRVL a sediar as atividades de articulação entre adolescentes e jovens com inserções em espaços populares e demais atores envolvidos no debate sobre mortes violentas de meninos e meninas. Os encontros, que ainda acontecerão nas sete regiões restantes, visam à participação de adolescentes e jovens na construção de estratégias que contribuam para a prevenção e a redução da violência letal, fenômeno que hoje no Brasil é responsável por 46% de todas as mortes dos cidadãos entre 12 e 18 anos.

Oficina local realizada no Distrito FederalEm cada localidade, membros da equipe da coordenação nacional do PRVL trabalham lado a lado com as equipes locais do Programa. As oficinas são um importante passo do Programa e são resultado direto da atuação dos estagiários locais do PRVL, que ficam à frente da preparação do evento, convidando jovens e adolescentes para a atividade e tecendo as redes de parceiros locais.

As oficinas se colocam como um espaço de escuta, trocas e articulação de coletivos de adolescentes e jovens. Na medida em que o trabalho avança em cada localidade, os técnicos do PRVL têm condições de se aproximarem mais efetivamente dos desenhos específicos que cada região traz em relação às dinâmicas da violência letal.

Em geral, o público de cada oficina vem envolvendo grupos bem heterogêneos. Reúnem-se integrantes de movimentos sociais, representantes de mídias comunitárias, jovens membros de coletivos autônomos e pessoas que se relacionam diretamente com políticas públicas da área dos Direitos Humanos e da Violência contra Adolescentes e Jovens. Essa diversidade garante que as oficinas se consolidem como uma atividade que traz uma visão abrangente sobre o problema da letalidade por homicídio de rapazes e moças brasileiros.

Percepções
Segundo a estagiária da Região Metropolitana de Recife, Jaqueline Silva, a oficina foi um momento para tratar abertamente o tema da letalidade, além de funcionar como um espaço para relatos sobre as experiências daqueles que vivenciam bem de perto o problema dos homicídios. “Apesar de Recife aparecer como um dos locais mais violentos, não há campanhas que tratem exatamente do problema aqui. A letalidade de jovens é um tema muito velado. Por isso, foi uma oportunidade para as pessoas fazerem discussões mais sistemáticas, trazendo isso para o dia-a-dia, continuando os debates para além das oficinas”, explica Jaqueline.

Em Belém, a estagiária Deylane Baía conta que a oficina contribuiu para fortalecer as comunicações entre os atores participantes. “As pessoas não se dispersaram depois da oficina. Todos trocaram contatos e já estão pautando a temática da violência letal em muitas de suas ações, estão até interagindo para abordar outras temáticas a partir do que aconteceu na oficina”, comenta.

Já Andressa Silva, estagiária do Distrito Federal, aponta para o fato de que muitos participantes de sua oficina já se conheciam anteriormente, o que, segundo a sua opinião, pode ter resultado em um público pouco heterogêneo. Apesar disso, ela afirma que o encontro trouxe novidades e acenou a possibilidade do desenvolvimento de ações em conjunto por parte dos adolescentes e jovens. “A oficina tem essa capacidade de consolidação de uma rede mais coesa. As contribuições foram muito boas. Ficou caracterizado a necessidade de ampliar as discussões e de avançar no desafio de estabelecer ligações dos grupos nas ações práticas”, diz.

Na Região Metropolitana de Belo Horizonte a estagiária Liliane da Silva destacou a motivação das falas de alguns participantes, que também se relacionam como tema da letalidade por conta de episódios de suas trajetórias pessoais. “A letalidade perpassa a vida deles, além do aspecto profissional. Só faltava um espaço para que isso pudesse ser verbalizado, já que algumas pessoas já estão envolvidas no dia-a-dia da dinâmica da violência letal e também em projetos e programas voltados para redução e prevenção”, evidencia Liliane.

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