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30/08/2010, 20:30h | Juventude, Notícias

Juventude e política

Por Cecília Olliveira

Em sentido horário: Victoria Oliveira, Karlla Rodrigues, Luan Ferreira e Tamiris Neves. Foto: Francisco Cesar – Imagens do Povo

Em sentido horário: Victoria Oliveira, Karlla Rodrigues, Luan Ferreira e Tamiris Neves. Foto: Francisco Cesar – Imagens do Povo

Pesquisa do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgada recentemente revelou que o número de eleitores brasileiros com idade entre de 16 e 17 anos teve redução pela primeira vez em uma eleição presidencial desde 1998. Dos 135,8 milhões de pessoas que irão votar nas eleições deste ano, 2,39 milhões são jovens entre 16 e 17 anos, que não são obrigados a ir às urnas e representam 1,7% do total de eleitores inscritos no país para as eleições de 3 de outubro. Esse índice é o menor das três últimas eleições.

No Rio de Janeiro, o panorama não é diferente, mas iniciativas como a da União Jovens da Maré (UJM), têm feito a diferença na vida dos participantes, se estendendo por toda a favela. “Somos o próximo futuro. Discutimos lazer, educação, segurança pública”, diz a estudante Tamiris Neves, uma das adolescentes que compõem a UJM, que tem cerca de 30 jovens com idade entre 14 e 16 anos, moradores do conjunto de favelas da Maré e estudantes da rede local de ensino. “Eles tem necessidade de fazer algo mais. Não querem ficar só na teoria. Eles pensam: ‘O que podemos fazer pra mudar?’”, explica Rodrigo Malvar, professor de História do Curso Preparatório da Redes de desenvolvimento da Maré e um dos idealizadores da União dos Jovens da Maré.

A UJM nasceu num movimento espontâneo a partir das discussões feitas em sala de aula, a principio, sobre as políticas de segurança pública como preparação para a participação dos alunos em uma consulta livre, como parte do ciclo de reuniões que compôs as etapas preparatórias para a 1ª Conseg , realizada no Centro de Artes da Maré. Assuntos como os muros, educação, lutas de classes sociais também foram entrando na pauta. Hoje a mobilização é voltada para o projeto “A Maré que Queremos”, onde o grupo representa a juventude nas discussões. “Não queremos só discutir em sala de aula. Queremos passar o que ouvimos e falamos para o nosso espaço”, diz a jovem Victoria Oliveira.

O “Maré que Queremos” articulado pela Redes, tem o objetivo de elaborar um projeto estruturante para o bairro e será discutido com a Prefeitura e governo do Estado. Ele será a base para uma discussão mais ampla na região com o intuito de mobilizar os moradores para um processo de transformação do bairro num local como qualquer outro bairro da cidade, com qualidade de vida e direitos respeitados.

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